sábado, 5 de abril de 2008

UMA MENINA

Tu não és igual mil,
Porque és única e uma só.
Por mais que Chico seja completo,
Por mais que certo eu esteja aqui,
Não sei aonde estás ao certo,
Mas não estás no Tuiuti.

Talvez um menino,
Menino Deus,
Riscando os muros da Mauá, sem redenção.
Andando pelo Marinha ou na rua da Praia,
Talvez de saia ou camisão.
Talvez composta ou sem calcinha,
Ou a guria da Assunção.

És uma prenda ou porra louca?
Do Bar do Beto ou CTG?
És do Brasil, talvez Assis,
Moinhos de Vento buscam você?

Serás a alta da Cidade Baixa?
Ou és a baixa lá do Bonfim?
Serás ruim, ou és a falsa?
Serás o vinho, aquele bom?
A patricinha dançando valsa,
O vanerão no Partenon?

Não sei quem és, nem me arrisco,
A te encontrar no Dado Beer,
Muito menos na praça do Japão.
Se és alegre ou és um porto,
Ou o Guaíba, inundação?

Só sei que és tu e mais ninguém,
Naquela pátria que te pariu,
Se colorada ou tricolor,
Se és amor à beira rio?

Mas sei que és aquela flor,
Do Redentor ou Laçador,
Ou em algum canto de rua.
Vestida, feia, linda ou nua,
Nunca serás igual a mil!

3 comentários:

Lorena disse...

Lindo, Adriano... Gosto muito do que você escreve, é de uma sinceridade muito bonita! =)

beijos

Anônimo disse...

Posso ficar vaidosa????
(Tô chorando)
Um beijão!
Lindo, lindo, lindo!!!!

Ana Casanova disse...

Adriano,
Visitei o teu blog ontem pela primeira vez através do blog do R. Lima.
Gosto muito das tuas poesias.Mais importante que tudo é sermos nós próprios."Todos iguais mas todos diferentes"!
Prometo visitar-te a partir de agora.
Beijinhos