terça-feira, 8 de janeiro de 2008

A PONTE


Um dia eu parei naquela ponte
As águas que abaixo corriam
Chamavam-me ao seu encontro
Como se da fortuna, fossem elas a fonte

Posto para me atirar
Águas dos olhos também corriam
Ensimesmado, roto e tonto
Voei num segundo de encontro ao mar

Mergulho cego, desesperado
Do outro lado a vida vinha
Pedindo louca para eu voltar

Mas, uma vez atirada a pedra,
Proferida a palavra,
Não há mais jeito de retornar.

5 comentários:

Maz disse...

belas palavras :)

sento sempre na beira mar, deixo as ondas molharem meus pés... meu rosto, minha alma...
e é tudo tão novo, que eu nem sei quem sou quando saio de lá...

Amor amor disse...

É, como disse a Mary, não tem volta...Bem, pra muita coisa não tem volta mesmo. Mas, dizer nunca é, mesmo assim, arriscado.

Beijocas de cristal!!!

Anônimo disse...

'Do outro lado a vida vinha
Pedindo louca para eu voltar'.

Mas segue.
Há sempre mais uma ponte para passar.


Beijos =]

Samantha Abreu disse...

muito bonito!

beijos, Adriano!

Anônimo disse...

Oi Adriano,

Muito bonita a poesia e reflexão apesar de triste. E sobre esse trecho:

"Mas, uma vez atirada a pedra,
Proferida a palavra,
Não há mais jeito de retornar."


Sei que muitas vezes é difícil e complicado, mas nem sempre o caminho do retorno está perdido. Existem palavras e atitudes que conseguem superar as palavras petrificadas.

* Obrigada pela força lá no blog.

Beijos