Um dia eu parei naquela ponte
As águas que abaixo corriam
Chamavam-me ao seu encontro
Como se da fortuna, fossem elas a fonte
Posto para me atirar
Águas dos olhos também corriam
Ensimesmado, roto e tonto
Voei num segundo de encontro ao mar
Mergulho cego, desesperado
Do outro lado a vida vinha
Pedindo louca para eu voltar
Mas, uma vez atirada a pedra,
Proferida a palavra,
Não há mais jeito de retornar.
5 comentários:
belas palavras :)
sento sempre na beira mar, deixo as ondas molharem meus pés... meu rosto, minha alma...
e é tudo tão novo, que eu nem sei quem sou quando saio de lá...
É, como disse a Mary, não tem volta...Bem, pra muita coisa não tem volta mesmo. Mas, dizer nunca é, mesmo assim, arriscado.
Beijocas de cristal!!!
'Do outro lado a vida vinha
Pedindo louca para eu voltar'.
Mas segue.
Há sempre mais uma ponte para passar.
Beijos =]
muito bonito!
beijos, Adriano!
Oi Adriano,
Muito bonita a poesia e reflexão apesar de triste. E sobre esse trecho:
"Mas, uma vez atirada a pedra,
Proferida a palavra,
Não há mais jeito de retornar."
Sei que muitas vezes é difícil e complicado, mas nem sempre o caminho do retorno está perdido. Existem palavras e atitudes que conseguem superar as palavras petrificadas.
* Obrigada pela força lá no blog.
Beijos
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