segunda-feira, 24 de março de 2008

PALAVRAS

São sinceras as palavras que profiro,
Mas desonestas aquelas que omito.
Soa verdade, o desespero do meu grito,
As vezes falso, o canto do meu sorriso.
O pranto, quase sempre é verdadeiro!

As palavras? Quão importante elas se tornam,
Ditas na bucha, ou mesmo escondidas?
Ferem, machucam, aliviam e transtornam,
Mas quando certas, também curam as feridas.
O pranto, quase sempre é derradeiro!

Palavras simples, outras são complicadas.
Palavras tristes, algumas de alegria,
Imensurável, o valor destas palavras,
Quando faladas, lidas ou entre-linhas.
O pranto, quase sempre vem primeiro!

Não são bastantes, as palavras de conforto,
Não exterminam as fortes de agressão.
Me deixam leve, ou mesmo, me sinto morto,
Dão-me o prumo, e alimentam a ilusão.
E o pranto? Quase sempre vem inteiro!

*Poema escrito sob forte inspiração após ler o post "O Condimento da Palavra" no blog de Lorena que acabei de descobrir. Esse eu recomendo!

4 comentários:

Samantha Abreu disse...

inspiração da boa...
Muito bonito!
;D


Um beijoo!

Éverton Vidal Azevedo disse...

Se eu te disser que enquanto lia seu poema lembrava do texto da Lorena que li ontem vc acredita?

Eita simbiose rs.

O poema sai lindo e pelo visto foi escrito bem rápido.

Parabéns Adriano!
Um forte abraço!
Inté!

Lorena disse...

Lindo seu poema! Muito obrigada pela visita e por retribuir meu texto com uma poesia tão inspiradora! Vou te linkar, tá bom? Quero sempre passar por aqui, como sou freguesa no blog do Éverton tenho certeza que viro sua freguesa também. =)

Até mais!

Jacinta Dantas disse...

Agora fiquei curiosa para visitar a musa que inspira "palavras" em Adriano. Palavras, sempre com o poder de fazer falar ou fazer calar.
Beijo grande
Jacinta