Já diz o velho ditado: irmão a gente não escolhe, amigo sim. Por isso amigo é melhor que irmão! E quando seu irmão é um dos seus melhores amigos? Aí é foda! Tudo de bom. Assim é Luciano, o gênio da família. Por coincidência, meu irmão de sangue, e, por conquista, um grande amigo. Formado em composição, grande músico e compositor que é, agora faz doutorado pesquisando sobre Xisto Bahia, um compositor baiano que teve o privilégio de ser autor da música com o primeiro registro de gravação em disco no Brasil. Esse seu estudo já lhe valeu vários frutos. Acaba de voltar da Espanha, Salamanca, onde apresentou um trabalho sobre o assunto num congresso de música. Agora está de malas prontas para passar um ano em Lisboa, continuando sua pesquisa que chamou à atenção dos músicos e especialistas de além-mar.
Iniciando as festividades de sua despedida e, ao mesmo tempo, comemorando o seu sucesso em Salamanca, ofereci à ele, junto com sua adorável espôsa, Valéria, um jantar na minha casa hoje(ontem, já que passa da meia -noite). O cardápio: Talharim à Mona de Versailles. Uma receita que criei de supetão, na casa de um amigo, Ricardo Mendes, quando fazíamos sua declaração de imposto de renda anos atrás. Ele disse: - Adriano, faça um jantar pra gente! Sem me fazer de rogado, fui à sua dispensa e geladeira, catando os ingredientes que ali existiam. Enquanto eu procurava, o cara ligou para namorada convidando para o jantar. Esta veio com uma amiga e o filho. E eu ali, com o cu no ponto fazendo uma experiência, uma alquimia, que nem sabia se ía dar certo. Mas deu. Tanto que depois, coloquei no blog Cozinhar Faz Bem e a repeti várias vezes. Luciano e Val, os criadores de tal blog, ainda não tinham provado a receita. Acabei hoje com essa injustiça.
Pra completar a noite, Luciano me trouxe da Espanha um RIOJA, Señorío de Ondas, Tempranillo, com selo de qualidade e tudo. Eu que já havia comprado um Concha Y Toro Merlot para o jantar, pensei em guardar esta relíquia para outra oportunidade, tipo aquelas de ver Deus. Ledo engano. Depois do Concha, derrubamos o Rioja. De lembrança mesmo, só ficará uma garrafa vazia, com selo de qualidade e o caralho e o imenso valor que teve pra mim a sua lembrança além do oceano. Esta jamais sairá da minha mente.
Foi uma noite maravilhosa. Conversamos muito e matamos as saudades. Luciano, que além de irmão e amigo é também meu parceiro, já que fizemos algumas músicas juntos, ainda tem seu lado escritor. Mantém um blog e também faz muitas letras de músicas. Aqui apresento uma, interpretada por Gileno Santos e ele. Ele também fez arranjo, tocou instrumentos e outras cositas más. Vai deixar uma saudade danada este cara!
PRA QUEM PAROU DE SONHAR
(Luciano Carôso)Iniciando as festividades de sua despedida e, ao mesmo tempo, comemorando o seu sucesso em Salamanca, ofereci à ele, junto com sua adorável espôsa, Valéria, um jantar na minha casa hoje(ontem, já que passa da meia -noite). O cardápio: Talharim à Mona de Versailles. Uma receita que criei de supetão, na casa de um amigo, Ricardo Mendes, quando fazíamos sua declaração de imposto de renda anos atrás. Ele disse: - Adriano, faça um jantar pra gente! Sem me fazer de rogado, fui à sua dispensa e geladeira, catando os ingredientes que ali existiam. Enquanto eu procurava, o cara ligou para namorada convidando para o jantar. Esta veio com uma amiga e o filho. E eu ali, com o cu no ponto fazendo uma experiência, uma alquimia, que nem sabia se ía dar certo. Mas deu. Tanto que depois, coloquei no blog Cozinhar Faz Bem e a repeti várias vezes. Luciano e Val, os criadores de tal blog, ainda não tinham provado a receita. Acabei hoje com essa injustiça.
Pra completar a noite, Luciano me trouxe da Espanha um RIOJA, Señorío de Ondas, Tempranillo, com selo de qualidade e tudo. Eu que já havia comprado um Concha Y Toro Merlot para o jantar, pensei em guardar esta relíquia para outra oportunidade, tipo aquelas de ver Deus. Ledo engano. Depois do Concha, derrubamos o Rioja. De lembrança mesmo, só ficará uma garrafa vazia, com selo de qualidade e o caralho e o imenso valor que teve pra mim a sua lembrança além do oceano. Esta jamais sairá da minha mente.
Foi uma noite maravilhosa. Conversamos muito e matamos as saudades. Luciano, que além de irmão e amigo é também meu parceiro, já que fizemos algumas músicas juntos, ainda tem seu lado escritor. Mantém um blog e também faz muitas letras de músicas. Aqui apresento uma, interpretada por Gileno Santos e ele. Ele também fez arranjo, tocou instrumentos e outras cositas más. Vai deixar uma saudade danada este cara!
PRA QUEM PAROU DE SONHAR
Não se engane nunca mesmo com a ilusão
Porque construir castelo é muito bom
Mas não se compara ao fato de você
Poder fazer aquilo que você quiser fazer
Do jeito que você quiser fazer
Na hora que você quiser
Olhe ao redor do campo meu irmão
Veja quantos Suassunas e Darcys
Como o lírio nenhum deles
Deixa de vestir a seda
Pra poder fazer e acontecer
Para poder ser e fazer ser
Pra viver feliz
O guerreiro que eu conheci
Pouco tinha tempo pra acordar
Dominava felinos de nuvens
Selenitas, rosas pra regar
Dromedários ele batizava
Com a espada que Xangô lhe deu
Se pianos a vida afinava
Densas notas soavam do seu
Casca de banana era gravata
E azul a cor da alegria
Pontas de esfera ele usava
Coração ligado ao da Bahia
Mas um dia um olho de vudu
Disse: homem pare de voar
Lhe presenteou com muito ouro
"Man non troppo" fez o seu andar
E o guerreiro que eu conheci
Se esqueceu que um dia me lembrou
Que eu guardasse bem o meu marfim
E fez como o elefante que tombou...
FICHA TÉCNICA
Gileno Santos: Voz
Luciano Carôso: Voz, violão e arranjo
Júnior Figueiredo: Guitarra e violão
Jorge Farofa: Percussão
Márcio Valverde e Valmar: Xequerês
Luciano Caroso - ... |
2 comentários:
Meu irmão:
Obrigado pela bela homenagem. Amor e amizade nos unem e sobreviverão a esse ano de afastamento físico. Se fortalecerão até, já que a saudade das pessoas amadas costuma nos mostrar o quanto elas são importantes pra nós. E além do mais tem o Skype, O MSN... :-).
Beijos do seu irmão e amigo,
Luciano Carôso
Ei Adriano,
esse sentimento de amizade é simplesmente, divino. E por falar em amigo, fiz o seu macarrão, tão amigavelmente cedido pelo seu post.
Caramba! ficou tão bom.
Agora terei que ficar uma semana de dieta.
Valeu!
Beijos
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