
Queridos amigos,



Como disse a amiga Leda, eu fui um bom menino este ano e papai noel se antecipou e me deu o melhor dos presentes. Trouxe minha filha Júlia para passar as férias comigo aqui em Salvador. Depois de quase um ano sem ver minha Preta, o coração andava apertado e a tristeza era muita. O prazer do reencontro no entanto faz a gente esquecer tudo. Vou aproveitar cada segundo dos 49 dias que ela vai passar aqui, 44 já que se passaram 5 desde que ela chegou.
o seu rendimento escolar, uma vez que passou em todas as matérias com média 9,5 e 10, cheia de si, desembarcou no aeroporto e quando me viu abriu um sorriso tão gostoso que não pude conter uma lágrima solitária que escorreu do olho esquerdo de tanta emoção. Aquele sorriso me fez ver o quanto a vida vale a pena, o quanto eu sou feliz e privilegiado.
spaguete ao alho e óleo a seu pedido, arroz, batatas fritas, salada de tomates com manjericão e inventei um prato que imaginei ela gostaria cuja receita está logo abaixo no fim desta postagem e o nome a própria Júlia sugeriu. Foi um dia maravilhoso, um prenúncio do quanto será bom este período e a comprovação que Leda esta certa. É por isso que eu acredito em Papai Noel!
Eu sempre tive muita curiosidade de entender a linguagem dos surdos-mudos e por isso sempre os observo nos supermercados. Vocês já repararam o quanto o mudo é conversador? Parece uma coisa compulsiva, aquela gesticulação interminável e os sons intraduzíveis que eles emitem. Nos supermercados de Salvador existem muitos surdos-mudos trabalhando, quase sempre de empacotadores. Eu acho isto uma iniciativa muito legal e acredito que deva acontecer no resto do país também. São pessoas como outras quaisquer e devem sim estar inseridos no mercado de trabalho afinal possuem família, filhos, amores e precisam viver com conforto e dignidade.
Júlia venha logo







Estou perdido em devaneios
Qual o menino que nunca se apaixonou por uma professora? Que nunca teve sonhos com a tia do pré, desejos proibidos no banheiro pela pró do primário ou sonhos eróticos com a gostosa de Geografia do colegial? Eu. Talvez porque, assim como as empregadas lá de casa(é comum ouvirmos casos de meninos que comeram as empregadas das suas casas) nunca, pelo menos nesta fase, tinha tido uma professora que me despertasse atenção. Admiração sim, e muita, mas paixão nunca.
Cenário do Programa Bahia 50 Graus da TV Record. Transmitido Ao Vivo de Salvador em Janeiro 2003
Não que João tenha feito algo pra me separar de Ray, é bom esclarecer bem este fato. É que suas idéias e um pequeno incidente num trabalho que fizemos juntos, com certeza ajudaram meu compadre a tomar a decisão de acabar nossa parceria.
Passamos semanas no sítio de João e tivemos sérios problemas com o contratante que estava dando trabalho para pagar as parcelas acordadas no contrato. Isto deixou-nos com os nervos a flor da pele e numa noite, durante um balanço financeiro, João disse achar que na comissão, eu estava ganhando demais. Pensava ele que eu, assim como todos os outros deveria ter um cachê específico previamente acordado. Ray concordou e falou que precisávamos revisar nosso acerto. Imediatamente fui contra. Não achava justo ele concordar , e não acho até hoje. Sei da importância da minha colaboração e para mim aquilo era uma desvalorização ao meu trabalho que jamais poderia aceitar. Os tons até se alteraram um pouco mas logo contornamos a situação. A verdade é que naquela mesa, meu destino profissional começou a mudar. Concluído aquele trabalho, um mês depois Ray dissolveu a nossa parceria, mas nunca a nossa amizade.
Sei que este não era o momento, mas já que João entrou na história, resolvi completar a informação. Voltemos pra Porto Seguro de onde não deveríamos ter saído.
Enquanto a equipe trabalhava sem descanso em Salvador, voltei sozinho a Porto para tomar umas providências necessárias a nossa chegada com a equipe e o material. Alugar uma casa para hospedar a galera, contratar secretária para fazer café da manhã, janta e lavar a roupa do pessoal, combinar com a equipe da ilha como seria a montagem e permanência do material por lá, contratar um barco para o nosso deslocamento diário pra ilha bem como o transporte do material e equipamentos, acertar o fornecimento de almoço durante a montagem, pesquisar o comércio local e essas coisas de produção. Tudo resolvido voltei para Salvador me reintegrando à turma até estar tudo pronto para o embarque final.
Eu, Carlinhos e Renato fomos de carro, se não me falha a memória em 20 de setembro de 2001. Saímos cedo e entramos
Durante os trinta e três dias que duraram a montagem, eu e a equipe íamos cedinho pra ilha. Estacionava meu carro no cais e ía de barco com a turma. Quando precisava de qualquer coisa, pegava a lanchinha que era de propriedade da ilha e ía pra cidade comprar. Quando o almoço chegava também atravessava o mar para ir buscar no continente. De tanto que rodei lá dentro, acabei conhecendo a cidade melhor do que muito morador. Costumava até brincar que já poderia ser motorista de taxi por lá. Só não conheci praia e pontos turísticos, mas o centro, a periferia e todo o comércio, virei de cabeça pra baixo.
Aqui abro um parêntese para falar da Ilha. Que lugar maravilhoso. Uma ilha temática, cheia de aquários imensos, com peixes de diversas espécies, tubarões, arraias e tantos outros. Na verdade, uma multi-casa de shows. Lá tinha festas todas as terças e eu, como bom noctívago, não perdi uma sequer. Lá existem vários ambientes. Um espaço para forró, outro para MPB, o meu preferido, uma boate, bares, restaurantes, lojinhas de souvenirs e um palco central para grandes shows. A noite, quando iluminada, principalmente os aquários, ficava deslumbrante. Nos dias de show a ilha enchia de turistas que muitas vezes se excediam. Era comum na manhã seguinte, encontrarmos camisinhas usadas e pontas de cigarro de maconha pela chão. Nunca vi tantas mulheres bonitas reunidas num mesmo lugar como naquelas noites de terça.
Faltando umas duas semanas para inauguração, eu estava junto de Ray quando o celular dele tocou. Vi que ele estava explicando para o interlocutor estar ocupado no momento por causa do trabalho

