domingo, 2 de setembro de 2007

SATISFAÇÃO

Eu realmente precisava publicar alguma coisa. Mostrar aos leitores, sejam eles reais ou imaginários, que continuo vivo e o blog também. Outro dia recebi um comentário no texto de Ó Paí Ó com o seguinte conteúdo: “blog desativado???? Onde está aquela frequencia de prosas e poesias?”. Justo eu que reclamei tanto do poeta que parou de escrever no blog? Este pelo menos está escrevendo um livro e tocando um projeto pessoal de grande porte, e eu? Eu porra nenhuma! Na verdade estou muito tomado pelo trabalho, lendo bastante, mas a verdadeira razão pela ausência é a falta de inspiração. Ultimamente não tenho tido vontade de escrever. No entanto não posso simplesmente parar deixando ao relento os resignados corajosos que dedicam parte do seu tempo para ler minhas besteiras. Mas, meu compadre Ray Vianna já fala, que arte não é máquina de fritar pastel com produção industrial. Se não é assim para um artista do quilate dele imagine para mim, um embrião engatinhando no ofício de escrever? Hoje, aqui na paz do meu apartamento, no meio da minha solidão, enquanto a maniçoba fervilha no fogão, Júlia passeia de bicicleta com Luana, uma linda menina, coleguinha de escola e sua mãe, a simpatia em pessoa chamada Yone, enquanto Roberto Carlos despeja sua linda voz nos meus ouvidos, com seu romantismo implacável, sento no computador para escrever estas linhas. Nem mesmo o amigo Moreira, o único online no MSN, atende os meus pedidos de atenção. Com certeza deve estar tomando sua gasolina* lá em Teofilândia e babando sua linda netinha. Em mim, um imenso vazio, uma vontade de chorar, uma tristeza sem motivo nem explicação. Alguém já me disse que este é um claro sinal de depressão, será? Seja como for, estou sozinho. Morrendo de saudade do Rio Grande do Sul, de Sandra, de São Paulo. Como gostaria de estar agora em Sampa e pegar nos braços a filinha de Lílian, Júlia também, amiga invejosa esta Lílian. Na verdade tudo que eu queria neste momento era fazer exatamente aquilo que não está ao meu alcance já. Dormir com Priscila Fantin, passear de iate, comer a maravilhosa comida da minha avó materna Das Dores que nem cheguei a conhecer mas cuja fama atravessa gerações, ver o Bahia e o Vitória na primeira divisão . Enfim tudo aquilo que definitivamente não posso fazer agora. Apenas levantar e cuidar da panela no fogão. Beijos!!
*Gasolina: Cachaça destilada, de coloração amarela, apelidada por Moreira de gasolina pela semelhança com o combustível.

Um comentário:

Anônimo disse...

que bom que meus comentários serviram para alguma coisa...até que enfim uma satisfação As vezes a tristeza é apenas uma fase de entre safra da nossa vida. Pomos o pé no chão e assumimos aquilo que é possível e aquilo que não é. Nem tudo que reluz é ouro, nem tudo que queemos seria melhor para nós...Nossa que pretensão!!! Esquece as minhas palavras e se anime a escrever..É bom ter um contador de estórias