Agora que os amigos já conhecem como funciona a cabeça do compositor Márcio Valverde, quando gosta de uma letra bota no estojo do violão para trabalhar nela sabe Deus quando, vou contar uma historinha a vocês. Depois dele me emocionar musicando DO FUNDO DO ESTOJO, como conto em postagem anterior, resolvi arrumar a bagagem e, junto com minha namorada, ir a Santo Amaro visitá-lo. Queria também buscar um material que vou mandar para Éverton, e que, se fosse esperar Márcio trazer talvez os netos do cara pudessem ouví-lo. Viajei na sexta a tardinha após o trabalho chegando lá por volta das 19hs. Ele e Lívia, uma grande cantora que por sinal é sua esposa, sabendo da nossa chegada, convidaram um monte de amigos e fizeram um rodízio de pizzas para animar a noite. Foi massa!
Num determinado momento Márcio me disse: -Adriano pegue esse mote: "É preciso ser profundo, quando a saudade se apresenta". A noite rolou com muita pizza, conversa, música, poesias e risadas. Depois que a maioria das pessoas tinham ido embora, principalmente as crianças que faziam um barulho infernal, Márcio pegou o estojo do violão, tirou o instrumento e um poema meu que o havia mandado já fazia um bom tempo. Está publicado aqui e chama-se SONETO NA CONTRA MÃO. Márcio, sóbrio, começou a musicá-lo, enquanto eu e Chico Porto, outro amigo poeta de marca maior, em devaneios etílicos, dávamos pitacos e delirávamos achando tudo lindo e maravilhoso. Registrei esse momento no meu MP3 e depois, no domingo pela manhã, já em Salvador sem os efeitos das cervejas da noite de sexta, ouvi com carinho e, sem falsa modéstia, gostei muito do que ouvi. Fiquei emocionado.
Enquanto Márcio trabalhava no Soneto, peguei papel e caneta, fui para um canto reservado e desenvolvi o seu mote. Ainda não mandei para ele, quero primeiro ouvir a opinião dos amigos aqui. Vai para o estojo ou não vai?
AUSÊNCIA
Márcio Valverde/Adriano Carôso
É preciso ser profundo
Quando a saudade se apresenta
Chegar ao centro do mundo
Pra ver se o peito aguenta
Tanto desprezo velado
Tanto desejo perdido
Coração despedaçado
Corpo morto, dolorido
É preciso ser bem forte
Quando a saudade se chega
Manter o prumo, o norte
E o coração que receba
Tanta paulada, porrada
Pra medir a resistência
De um coração sem morada
Sofrendo de amor e ausência
Num determinado momento Márcio me disse: -Adriano pegue esse mote: "É preciso ser profundo, quando a saudade se apresenta". A noite rolou com muita pizza, conversa, música, poesias e risadas. Depois que a maioria das pessoas tinham ido embora, principalmente as crianças que faziam um barulho infernal, Márcio pegou o estojo do violão, tirou o instrumento e um poema meu que o havia mandado já fazia um bom tempo. Está publicado aqui e chama-se SONETO NA CONTRA MÃO. Márcio, sóbrio, começou a musicá-lo, enquanto eu e Chico Porto, outro amigo poeta de marca maior, em devaneios etílicos, dávamos pitacos e delirávamos achando tudo lindo e maravilhoso. Registrei esse momento no meu MP3 e depois, no domingo pela manhã, já em Salvador sem os efeitos das cervejas da noite de sexta, ouvi com carinho e, sem falsa modéstia, gostei muito do que ouvi. Fiquei emocionado.
Enquanto Márcio trabalhava no Soneto, peguei papel e caneta, fui para um canto reservado e desenvolvi o seu mote. Ainda não mandei para ele, quero primeiro ouvir a opinião dos amigos aqui. Vai para o estojo ou não vai?
AUSÊNCIA
Márcio Valverde/Adriano Carôso
É preciso ser profundo
Quando a saudade se apresenta
Chegar ao centro do mundo
Pra ver se o peito aguenta
Tanto desprezo velado
Tanto desejo perdido
Coração despedaçado
Corpo morto, dolorido
É preciso ser bem forte
Quando a saudade se chega
Manter o prumo, o norte
E o coração que receba
Tanta paulada, porrada
Pra medir a resistência
De um coração sem morada
Sofrendo de amor e ausência
7 comentários:
Que vá para o estojo, mas que saia de lá rapidinho musicada e gravada! Sim, a letra é linda, Adriano, adorei! Espero ouví-la logo, logo!
Beijinhos!
Ei Adriano,
nesse meu tempo de sentimentos de saudade...
Ah! saudade, amor e ausência. Eis uma tríade insuperável para bons versos e boa música. E assim que a melodia ficar pronta, dê um jeito de mostrá-la. Música eleva a alma, você sabe disso. Então já estou na torcida para que nem entre, mas Saia logo do estojo.
Beijos
Que bacana tuas histórias Adriano, gosto muito de música e de poesia também... Estar rodeado por amigos que também apreciam estas artes é tudo de bom mesmo...
Abs
Leandro
Olha, não sou nenhuma crítica musical, mas na minha humilde opinião de adoradora de palavras, vai pro estojo sim!
A saudade e a ausência estão perfeitamente retratadas nestes versos. Porque dói sentir falta.
Um beijão pra tu.
PS: tem uma brincadeirinha que deixei pra ti no meu blog.
;)
Eita que agora eu é que fiquei emocionado. Me deu uma saudade do tempo em que ficava rodeado de músicos tentando criar alguma coisa ou simplesmente tocando músicas que tocam a gente.
E essa turma sua aí é demais ein. Bacana isso de nao perder a conexao de estar sempre se reunindo pra brincar de música (e família e cerveja entre outras coisas como pizza rs).
Um obrigadao Adriano só tou na espera aqui, já sentindo que vou crescer muito com o material.
Abraços.
Inté!
como já disse, não saco de poemas. já até tentei escrever alguns há um tempo, mas não rolou. mas sim, o "ausência" me parece bacana, rapaz.
abraço, velhão
Meu querido, eu gostei!
às vezes até parece que não vamos aguentar, não é? Mas somos bem mais fortes do penamos ser por vezes.Temos uma capacidade para suportar o sofrimento, a dor da perda.
Beijinhos e...gosto muito de ti!Penso que sabes isso.
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