PRANTO
(Márcio Valverde/Adriano Carôso)
Não vigie o meu pranto
A minha dor não se permite
Ser teu par
Não vigie o meu pranto
Tua saudade não me fará
Voltar atrás
Escute com calma o meu canto
Debruce nas linhas que escrevo
Com olhos de interpretar
A dor, parafuso aluído
Segura o pino dos meus ossos,
Meus destroços.
A vida inteira amarguei.
Me deixe em paz no meu canto
Que o teu ciúme foi a morte.
Minha morte verdadeira.
Não vigie o meu pranto
Não tenho tempo a mágoas
Ou saudades derradeiras.
Um comentário:
Suponho que "parafuso aluído", no sentido de parafuso gasto ou que perdeu a rosca, seja um jargão de mecânico, porque não se encontra nos principais dicionários da língua portuguesa.
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