quarta-feira, 29 de abril de 2009

FRIGIDEIRA

A madrugada se arrasta lenta
E eu, virando na cama
De um lado para o outro
Como o omelete tostando
Ambas as faces por igual

Mas, para dar sabor a tal prato
Entre as camadas expostas, ao meio,
É necessário o tempero exato
E iguarias no recheio

Justamente ele é o que se ausenta
E eu, jogado na lama
Sou um omelete roto
Sobre o colchão fritando
Sem gosto e sem sal

A madrugada vai alta
E, no meio de cruzado fogo,
Só agora o que me falta
É desligar esse fogo

Vou ver se consigo dormir....

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