Qual o menino que nunca se apaixonou por uma professora? Que nunca teve sonhos com a tia do pré, desejos proibidos no banheiro pela pró do primário ou sonhos eróticos com a gostosa de Geografia do colegial? Eu. Talvez porque, assim como as empregadas lá de casa(é comum ouvirmos casos de meninos que comeram as empregadas das suas casas) nunca, pelo menos nesta fase, tinha tido uma professora que me despertasse atenção. Admiração sim, e muita, mas paixão nunca.
Quando isto veio acontecer pela primeira vez, eu já era um adulto, no alto dos meus 36 anos, e fazia um curso de culinária no Senac. Cândida, a professora de ética profissional que me despertava desejos nada éticos, mas, como o curso era de culinária, deliciosos sem dúvida. Resultado, voltei a ser criança. Assistia àquelas aulas babando. Quando ela ía de saia então, ficava louco e não conseguia fixar uma linha das explicações mas decorei todas as curvas daquelas pernas maravilhosas. Tinha também umas calças apertadíssimas sem cós que, quando, ela baixinha que era, se espichava para escrever na parte mais alta do quadro, revelava uma minúscula tira das suas belas calcinhas. A vermelha era a minha preferida mas a preta também tinha o seu lugar, e que lugar! Como vocês podem ver, virei o adolescente apaixonado pela professora, tarado seria o termo mais apropriado. Sem desmerecer a beleza, sensualidade e simpatia de Cândida, talvez fosse mesmo pela extrema carência que me abatia naquela época.
Mas, este mundo dá voltas e, na vida, sempre tem a primeira vez. Voltarei no tempo, para o Leobino Cardoso Ribeiro, em Serrinha-Ba, onde estudei o 2º, 3º e o 4º ano do primário, em 76, 77 e 78 respectivamente. Minha professora era Pró Noélia. Uma senhora séria porém muito amável, de quem guardo boas recordações mas passou longe de me despertar algo parecido com paixão.
Morei quatro anos naquela cidade, minha irmã se casou com um cara de lá, separou, casou com outro de uma cidade vizinha e trabalha lá até hoje. Meu pai, depois de passar longos anos em Santo Amaro, depois de aposentado voltou pra lá, mas mesmo assim eu tinha tudo para me afastar de Serrinha e jamais voltar a por os pés naquele rincão. Isto só não aconteceu por um motivo básico. A família e os amigos que lá fiz, com quem mantenho até hoje laços de amizade fraterna. Como nunca dou as costas à um amigo e à família, acabei por não dar as costas à cidade embora já tivesse tido muita vontade de fazê-lo. Aí o destino se encarrega de mostrar o porque das coisas acontecerem nas nossas vidas.
Em outubro do ano passado conheci Laércia. Professora do Leobino Cardoso Ribeiro. Pró Lai, como é carinhosamente chamada pelos alunos, cruzou o meu caminho para mudar minha vida e ser a minha primeira professora. Não, não me matriculei, não voltei a estudar ainda. Mas a primeira com quem pude realizar os sonhos reprimidos e me apaixonar de verdade. Neste ano letivo da relação, estou aprendendo muito, aluno aplicado que sou, e espero passar sem provas finais ou recuperação. Tenho me esforçado muito pra isso. Quero ser o primeiro aluno da classe, o CDF, o que senta na primeira fila e aquele que desperta a admiração da Pró. Porque assim como o sutiã e a geladeira, a primeira professora a gente nunca esquece. Como esquecer de LAI?
Quando isto veio acontecer pela primeira vez, eu já era um adulto, no alto dos meus 36 anos, e fazia um curso de culinária no Senac. Cândida, a professora de ética profissional que me despertava desejos nada éticos, mas, como o curso era de culinária, deliciosos sem dúvida. Resultado, voltei a ser criança. Assistia àquelas aulas babando. Quando ela ía de saia então, ficava louco e não conseguia fixar uma linha das explicações mas decorei todas as curvas daquelas pernas maravilhosas. Tinha também umas calças apertadíssimas sem cós que, quando, ela baixinha que era, se espichava para escrever na parte mais alta do quadro, revelava uma minúscula tira das suas belas calcinhas. A vermelha era a minha preferida mas a preta também tinha o seu lugar, e que lugar! Como vocês podem ver, virei o adolescente apaixonado pela professora, tarado seria o termo mais apropriado. Sem desmerecer a beleza, sensualidade e simpatia de Cândida, talvez fosse mesmo pela extrema carência que me abatia naquela época.
Mas, este mundo dá voltas e, na vida, sempre tem a primeira vez. Voltarei no tempo, para o Leobino Cardoso Ribeiro, em Serrinha-Ba, onde estudei o 2º, 3º e o 4º ano do primário, em 76, 77 e 78 respectivamente. Minha professora era Pró Noélia. Uma senhora séria porém muito amável, de quem guardo boas recordações mas passou longe de me despertar algo parecido com paixão.
Morei quatro anos naquela cidade, minha irmã se casou com um cara de lá, separou, casou com outro de uma cidade vizinha e trabalha lá até hoje. Meu pai, depois de passar longos anos em Santo Amaro, depois de aposentado voltou pra lá, mas mesmo assim eu tinha tudo para me afastar de Serrinha e jamais voltar a por os pés naquele rincão. Isto só não aconteceu por um motivo básico. A família e os amigos que lá fiz, com quem mantenho até hoje laços de amizade fraterna. Como nunca dou as costas à um amigo e à família, acabei por não dar as costas à cidade embora já tivesse tido muita vontade de fazê-lo. Aí o destino se encarrega de mostrar o porque das coisas acontecerem nas nossas vidas.
Em outubro do ano passado conheci Laércia. Professora do Leobino Cardoso Ribeiro. Pró Lai, como é carinhosamente chamada pelos alunos, cruzou o meu caminho para mudar minha vida e ser a minha primeira professora. Não, não me matriculei, não voltei a estudar ainda. Mas a primeira com quem pude realizar os sonhos reprimidos e me apaixonar de verdade. Neste ano letivo da relação, estou aprendendo muito, aluno aplicado que sou, e espero passar sem provas finais ou recuperação. Tenho me esforçado muito pra isso. Quero ser o primeiro aluno da classe, o CDF, o que senta na primeira fila e aquele que desperta a admiração da Pró. Porque assim como o sutiã e a geladeira, a primeira professora a gente nunca esquece. Como esquecer de LAI?
15 comentários:
Eu sou seu fã \o/
Que texto cara! Da boa gargalhada que soltei ao ver a imagem de abertura ao sentimento de ternura e admiração que senti, puxa, que texto!
Mas eu ri muito da sua introdução, haha, ainda to rindo,rsrs...
Eu não fugi dessa regra não, tive minha paixão pela professora da quarta-série, Ana Célida, como era doce, cabelos negros e lisos nos ombros^^. E na sexta ou quinta série teve a professora Júlia, sim, aqueles sonhos eróticos, hahaha, era uma loira que se aproxima muito desta figura aí =p, hahaha...
Mas depois passou todo este encanto, é claro,rs...
Agora eu to sentindo um pouco de falta de encontrar minha professora também...
Abração!!!
Leandro
Sim! Boas gargalhadas com o texto! Estranha é esta sensaçao de ser tao desvendado assim num texto kkk, sim porque nessa de se apaixonar por professoras eu quase me tornei expert.
Muito bom seu texto mano. Estive meio afastado uns dias daqui, mas agora voltei e vou recuperar os atrasados rs.
Estou acabando de publicar um texto sobre o Livro-cd do Nélio Rosa. Depois passa lá pra ver.
Abraçao.
Inté!!!
Olá meu estimado amigo Adriano.
A primeira professora, o primeiro amigo, e o nosso primeiro AMOR...
Passei para lhe desejar muito paz, carinho e luz.
Recheado de muita fé e forte como a energia.
Beijos amigo.
Apareça em meu caintinho, viuuuuu.
Regina Coeli.
Quando eu tinha quatorze anos, me apaixonei pelo meu professor de Musica. Um homem pouco atraente, mas encantador pelo fato de ter charme e inteligencia.
Criança é fogo mesmo.
Olá lindo,
nunca me apaixonei por professores, artistas de cinema...
Devo ser anormal, não?Lol
Achei muito interessante essa tua descrição da paixão pela professora de culinária.Daí o gosto pelos temperos...Lol
Mas agora é outra paixão não é?
Felicidades meu querido.
PS Eu dei por me apaixonar por poetas...Que dizes?
Muito bom meu amigo. E o melhor é a sua declaração pela sua namorada! Torço por você e pela sua felicidade. Abraços
Adoro o seu jeito bem humorado de contar suas coisas. Que bom te ler, há sempre a garantia de uma boa gargalhada. E, que legal reaver a eterna criança que há em você. Sim, reaver a criança que nunca nos abandona. Fica lá, em algum canto, quietinha, e quando a gente deixa, ela surge. E, no seu caso, veio assim, personificada no enamoramento, no apaixonar-se pela sua LAI. É bom demais né?
Abração
Adriano... é impressionante! Quase todos os meninos que eu conheço falam de um amor platônico pela professora. E elas nem precisam ser 'gatas'.
Meninos são homens em miniatura, que vêem na figura feminina da professora, alguém diferente das mulheres da família.
:)
Adorei saber da tua história.
Beijos.
PS: respondi o meme musical!
Amar é muuuitto bom ! Ame muiiiito messmo!
E como as coisas estão vamos logo precisar professores para ensinar a amar. Aproveita!
Já me apaixonei por um professor!
Adorei seu blog!
Beijos
http://sex-appeal.zip.net
Adriano, Paulo Coelho foi um grande parceiro de Raul, muitas das cançoes eternizadas na voz do profeta foram escritas em parceria com o mago rs. Vocè disse uma grande verdade lá no Re-novidade, Paulo Coelho é o cara mais apedrejado por uma certa "crítica", e por isso muita gente que curte Raul esquece que o Paulo também é o autor de muitas letras dele.
Nao gosto dos livros do Paulo Coelho, li alguns há muito tempo, mas das últimas vezes que li nao me prederam mais. Porém, também estou pouco ligando para o que a tal "crítica" diz rs.
Abraçao mano.
Inté!
Mudou a cara do blog! Tá bonito, Adriano.
Um beijo grande pra tu aqui do sul.
;)
Mudou o layout daqui!!!
Ficou bonito, Adriano.
Um beijo imenso aqui do sul pra tu.
;)
(A outra Mary sou eu, mas o link está errado)
Amor,
Que felicidade deparar-me com um “aluno” tão adorável e tão especial, que a cada dia torna-se mais apaixonante, que me ensina tanto quanto se mostra disposto a aprender!!!
Vc não só despertou a minha admiração, como também o meu respeito, a minha dedicação, o meu amor... e, na nossa história, nos tornamos os aprendizes mais aplicados e dispostos a viver e apreender esta lição por inteiro, sem reservas.
Beijos com sabores e saberes!!!
Deixei um selo pra vc lá meu blog!
Aparece lá depois pra conferir!
Abração!
Leandro
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