quarta-feira, 30 de julho de 2008

LAI

Abrigo no meu peito um outro infame
Não cansa de sonhar que sou medonho
E como não achasse o bastante
Desdenha do meu ser e do que sonho

Que parca poesia me revela
Torpor a atiçar fortes açoites
Mesmo tendo eu criado ela
Nas insones e infindáveis noites

Se minh'alma de poeta está morta
E o breu da insegurança já me corta
E ninguém está ligando pro que digo

Quem sabe essa noite é de sorte
O amor de Lai enfim me mostre o norte
Pra conquistar aquilo que eu sigo?

8 comentários:

Jaqueline Lima disse...

Fico feliz em te dizer- sua alama de poeta não está mora!
eu li. reli. gostei. senti. e tudo o que posso dizer é que as criações noturnas são as mais belas. são aquela mais intensas sabe?!

até breve!

Lorena disse...

Sua alma de poeta não está morta, e essas coisas morrem??? Acho que nunca!! O poema é lindo, lindo!

Adriano, você me perguntou e eu não respondi, por qual livro de Clarice vc poderia começar a conhecê-la... engraçado que sempre que alguém me pergunta isso eu indico um ou outro livro, mas pra vc não sei o que falar... Acho que vc poderia começar por algum de "contos", como Felicidade Clandestina (entre aspas porque ela mesma diz:“Vamos falar a verdade: isto aqui não é crônica coisa nenhuma. Isto é apenas. Não entra em gêneros. Gêneros não me interessam mais.”) ou Aprendendo a Viver, que é o meu favorito...
Dá uma olhada nesse site: http://www.geocities.com/Paris/Concorde/9366/frames_guia.htm

Tem alguns textos muito bons aí. =)

beijos!!

bsh disse...

Lindissimo.

http://desabafos-solitarios.blogspot.com/

mundo azul disse...

...belos e tristes os seus versos...Há um tanto de amargura nas suas palavras...

Beijos de luz e um ótimo final de semana!!!

Ana Maria disse...

Boa noite amigo,
passei para desejar um formidável domingo.
Adriano, estou me sentindo como uma ave sem ninho, perdi minha mana Odete. Faleceu no dia 30 de julho.
Beijinhos.

Leandro Neres disse...

Olá meu amigo! Obrigado pela visita em meu blog, hahahaha!
Saudades suas! Eu tbm dei uma sumida, confesso, mas sempre venho aqui te visitar, rsrs...
E teus poemas sempre me surpreendem, que ótimo isso!
Um grande abraço!
Leandro

Jacinta Dantas disse...

Amor e rejeição: sempre uma dupla imbatível para os poetas que colocam o coração na ponta dos dedos. Aí, onde tocam, saem lindos poemas, como esse que você nos presenteia.
Beijos
Jacinta

Éverton Vidal Azevedo disse...

Belíssimo soneto. O amor sempre mostra o norte amigo. As coisas sao assim, e é por isso que voltei.