sexta-feira, 26 de outubro de 2007

LAMENTOS FRATERNAIS

Como quer me tirar do sofá
Se me nega a cadeira?
Como se os caminhos do egoísmo
Não tivessem várias versões.

Como se além do seu umbigo
Habitasse algo que não a sua arte.
Nos momentos de não fale comigo
Como se da sua vida
Eu não fizesse parte

Nos limites mais profundos do amor
Talvez eu deva muito
Assim não me enxergo
Deito no meu travesseiro,
Na minha almofada
E durmo o sono dos deuses.

Me faz muito mal eu sei, exagero.
Mas tava precisando da tela branca do word,
Das carícias geladas de um computador.

Um comentário:

Anônimo disse...

As vezes não enxergamos o que tão claro está...as vezes a distância nos ilude e nos cega...qdo estamos longe podemos vender o que queremos ser A realidade não se muda