quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

HÁ VÁRIAS MANEIRAS DE SE DIZER A MESMA COISA

Acabo de receber um e-mail intitulado "O Poema da Foda", destes que a gente recebe todo dia falando um bocado de bobagem, de sacanagem e coisas assim. Na verdade, tenho de confessar que dei muita risada e até achei interessante. Para mim não resta dúvida, algum valor poético tem ali. No entanto, imediatamente me lembrei de uma música que Elza Soares e Chico Buarque cantam de forma maestral e imaginei: existem várias maneiras de se dizer a mesma coisa, mas nem todos têm o mesmo talento e a mesma sensibilidade e cada um, é claro, luta com as armas que têm. E, numa guerra, temos sempre que escolhermos um lado para lutar. Cabe a nós ouvir os dois lados e tirarmos nossas próprias conclusões, escolhermos de que lado combater. Vou então transcrever o poema do e-mail e a letra da música além de um clipe muito inusitado dela que encontrei no Youtube. Não sei porque mas vi um elo entre ambos. Será que tô maluco?

Poema da Foda

Neste Brasil tão imenso
Quando chega o verão,
Não há um ser humano
Que não fique com tesão.

É uma terra safada,
Um paraíso perdido.
Onde todo mundo fode,
Onde todo mundo é fodido.

Fodem moscas e mosquitos,
Fodem aranha e escorpião,
Fodem pulgas e carrapatos,
Fodem empregadas com patrão.

Os brancos fodem os negros.
Com grande consentimento,
Os noivos fodem as noivas
Muito antes do casamento.

Coronel fode Tenente,
General fode Capitão.
E o presidente da República
Vive fodendo a nação.

Os freis fodem as freiras,
O padre fode o sacristão,
Até na igreja de crente
O pastor fode o irmão.

Todos fodem neste mundo
Num capricho derradeiro.
E o canalha do dentista
Fode a mulher do padeiro.

Parece que a natureza
Vem a todos nos dizer,
Que vivemos neste mundo
Somente para foder.

E você, meu nobre amigo
Que agora está a se entreter,
Se não gostou da poesia
Levante e vá se foder

(Autor Desconhecido)
Também pudera, se fosse conhecido, tava fodido.

Isso foi o que recibi no e-mail. Agora a música.

Façamos (Vamos Amar)
Cole Porter - Versão: Carlos Renó

Os cidadãos no Japão fazem
Lá na China um bilhão fazem
Façamos vamos amar

Os espanhóis, os lapões fazem
Lituanos e letões fazem
Façamos vamos amar

Os alemães em Berlim fazem
E também lá em Bhon
Em Bombaim fazem
Os hindus acham bom
Nisseis, níqueis e sansseis fazem
Lá em São Francisco muitos gays fazem
Façamos vamos amar

Os rouxinóis, os saraus fazem
Picantes pica-paus fazem
Façamos vamos amar

Os uirapurus no Pará fazem
Tico-ticos no fubá fazem
Façamos vamos amar

Chinfrins, galinhas afim fazem
E jamais dizem não
Corujas sim fazem, sábias como elas são
Muitos perus todos nus fazem
Gaviões, pavões e urubus fazem
Façamos vamos amar

Dourados no Solimões fazem
Camarões em Camarões fazem
Façamos vamos amar

Piranhas só por fazer fazem
Namorados por prazer fazem
Façamos vamos amar

Peixes elétricos bem fazem
Entre beijos e choques
Cações também fazem
Sem falar nos hadoques
Salmões no sal em geral fazem
Bacalhaus no mar em
Portugal fazem
Façamos vamos amar

Libélulas em bambus fazem
Centopéias sem tabus fazem
Façamos vamos amar

Os louva-deuses com fé fazem
Dizem que bichos de pé fazem
Façamos vamos amar

As taturanas também fazem
Um ardor em comum
Grilos meu bem fazem
E sem grilo nenhum
Com seus ferrões os zangões fazem
Pulgas em calcinhas e calções fazem
Façamos vamos amar

Tamanduás e tatus fazem
Corajosos cangurus fazem
Façamos vamos amar

Coelhos só e tão só fazem
Macaquinhos no cipó fazem
Façamos vamos amar

Gatinhas com seus gatões fazem
Tantos gritos de ais
Os garanhões fazem
Estes fazem demais
Leões ao léu, são do céu, fazem
Ursos lambuzando-se no mel fazem
Façamos vamos amar

3 comentários:

Ana Casanova disse...

Adriano, tb me fez rir o poema apesar de achar um pouco forte é claro!Costumamos dizer que é tão bom que até os bichinhos gostam!Verdade?
Beijinhos e acho que estás louco sim!Lol

Anônimo disse...

Ri demais!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

E gostei do que você escreveu. cada um luta com as armas que tem.

Anônimo disse...

ihihihi...o máximo :)