terça-feira, 27 de novembro de 2007

INDIGNAÇÃO!

Alguém viu ontem nos jornais televisivos os vereadores passeando em Buenos Aires com o nosso dinheiro? Fazendo chacotas sobre o congresso fantasma do qual foram “participar”? Se vangloriando de aumentar a quantidade de empregos para seus gabinetes e de aumentarem a verba destes à ínfima razão de 600%? Discutindo questões importantíssimas para seus respectivos municípios como: qual restaurante escolher para ir, e qual deles era o mais bonito? O pior é que nenhum desses subversivos vai parar na cadeia. Afinal gravações com câmera escondida sem autorização da justiça não valem como prova. Afinal o povo, mesmo assistindo a absurdos como este, continua votando neles. Seria uma boa piada se não fosse deprimente.

E o governador da Bahia, o Sr Jaques Wagner, eleito em primeiro turno diga-se de passagem, parafraseando outro ilustre político brasileiro ao falar: - Eu não vi nada. Não sei de nada. Os relatórios não apontavam problemas estruturais na Fonte Nova.? Sensibilizado, nosso chefe de estado, tão humano e solidário que é, marcou presença no enterro das vítimas. Que ato louvável! E o Raimundo Nonato, mas conhecido como Bobô, gaguejando e imitando o ilustre governador, ao dizer que nunca teve conhecimento de relatórios que apontassem tais problemas? Que se soubesse da vinda de peritos, engenheiros e arquitetos para inspeção do estádio, organizaria uma recepção para colocá-los em discussão com os técnicos da SUDESB (Superintendência de Desportos do Estado da Bahia), órgão responsável pela administração e manutenção do estádio, do qual este Bobô é presidente, diretor ou sei lá o quê? Será que ele pensa que o povo é bobo? Talvez ele tenha razão. E tem gente preocupada se a Bahia vai sediar jogos da copa. Seria uma boa piada se não fosse trágico.

Como diria Paulo Bono, com processo ou sem processo, vão todos eles tomar no cu!

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

MAIS UMA TRAGÉDIA ANUNCIADA

Consternada, revoltada e em luto absoluto amanheceu a população baiana, a nação tricolor e porque não dizer todo o Brasil. O que aconteceu ontem na Fonte Nova, foi mais um dos absurdos a que estamos sujeitos pela total falta de escrúpulos, ações e providências dos órgãos responsáveis. Algo que poderia facilmente ser evitado bastando apenas ações coerentes e sensatas dos facínoras miseráveis que comandam nossa vida.

Eu, freqüentador assíduo do estádio, ficando inclusive sempre muito próximo ao local que desabou, sem nenhum conhecimento técnico em engenharia, muitas vezes já falei que tinha medo daquela merda vir abaixo. O abandono e a falta de manutenção eram visíveis. Diversas partes da estrutura metálica do concreto encontravam-se expostas (falo no passado por imaginar que este fato foi o bastante para transformar a Fonte em peça de museu), as infiltrações eram gritantes.

O pedaço de arquibancada que cedeu, simplesmente caiu e formou um buraco de aproximadamente 10 metros, veja foto aqui, encontra-se justamente na parte do estádio onde fica a torcida Bamor. Torcida organizada, famosa na Bahia por ser considerada uma das mais animadas e presentes do Brasil e, portanto, uma das que mais pula durante os jogos, e, foi justamente o fato dos torcedores estarem pulando demais naquele momento, que fez a estrutura ruir. Agora pasmem! Justamente este local ficou recentemente interditado por um tempo por falta de condições estruturais. Com isso, a capacidade do estádio diminui consideravelmente e, consequentemente as arrecadações também. Sem querer insinuar que uma coisa tem a ver com a outra, teria sido por isso que algum irresponsável emitiu um laudo permitindo a reutilização do espaço? Não é uma coincidência desastrosa? Quem terá sido este engenheiro que no mínimo é um incompetente? Ta difícil de aparecer. Como sempre, quando acontecem tragédias de grande porte como esta, o jogo de empurra já começou. Não existem responsáveis. Ficam na conversa mole, um botando a culpa no outro, até o fato cair no esquecimento de um povo cuja memória, principalmente a política, não é um dos seus pontos fortes. Até quando iremos estar sujeitos às barbáries assim?

O que era pra ser uma festa linda, já que o jogo de ontem ascendeu o Bahia para a 2ª divisão do campeonato brasileiro, se tornou dor, lamentações e luto. Sentimos demais pelas vítimas, pela dor dos seus familiares e amigos e, por isso mesmo, não podemos nos calar. Qualquer um poderia estar entre eles. Nós próprios, um irmão, um pai, um amigo, um filho. Não podemos deixar passar mais esta oportunidade de exigirmos aquilo que temos direito por lei, mas nos é negado a cada instante: segurança e dignidade.

Lamentável também foi o comportamento da torcida tricolor na noite de ontem. Mesmo depois de toda esta tragédia, invadiu o gramado comemorando, proporcionando aos telespectadores cenas deprimentes de vandalismo e barbárie. Torcedores quebrando o estádio, arrancando o gramado, destruindo o carrinho da maca e tantos outros absurdos, não como revolta ao trágico acontecimento, mas a título de comemoração ignorando a dor e desespero de muitos dos seus co-irmãos. Um vexame. Uma vergonha para nosso estado, para nossa torcida, para todos nós, exposto em cadeia nacional e mundial. Atestado de provinciano. Mais uma vez a irresponsabilidade dos órgãos públicos, aqueles cujas contas são pagas por nosso suor e trabalho e pelo dinheiro dos nossos impostos, ficou patente. Onde estava o contingente policial capaz de impedir tal invasão? Simplesmente não existia.

Outro absurdo foi o fato de que, mesmo com a lotação máxima preenchida, 60.000 (sessenta mil) torcedores, os portões do estádio foram abertos uns dez minutos antes de acabar a partida permitindo a entrada de parte da multidão que estava fora do estádio. Mais outra triste coincidência. Fui justamente nesta hora que tudo aconteceu.

O Bahia subiu. A Bahia desceu. Precisamos pensar muito sobre tudo isto. Uma coisa é certa, não há o que comemorar.

sábado, 24 de novembro de 2007

COXA E SOBRECOXA

Você já rimou sendas com ainda? E luz com cristais? Então vá no Bar do Luiz e peça uma coxa e sobrecoxa aberta, de preferência preparada e servida por Beto ou Simpson. Tem tres coisas na vida que a a pessoa não pode morrer sem fazer. Ouvir Elomar, fuder e comer uma coxa e sobrecoxa aberta no Bar do Luiz!

SUCO DE LIMA - Ou Melhor: Limada!

Seresta Sertaneza
(Elomar)

Nos raios de luz de um beijo puro
me estremeço e eis-me a navegar
por cerúleas regiões
onde ao avaro e ao impuro não é dado entrar
tresloucado cavaleiro andante a vasculhar
espaços de extintos céus
num confronto derradeiro
vencí prometeu, anjo do mal
o mais cruel
acusador de meus irmãos
nestes mundos dissipados
magas entidades dotam o corpo meu
de poderes encantados
mágicos sentidos
na razão dos céus
pois fundir o espaço e o tempo
vencer as tentações rasteiras
do instinto animal
só é dado a quem vê no amor
o único portal
através de infindas sendas
vias estelares um cordel de luz
trago atado ao umbigo ainda
pois não transmudei-me ao reino dos cristais
apois Deus acorrentou os sábios
na prisão escura das tres dimensões
e escravisados desde então
a serviço dos maus
vivem a mentir
vivem a enganar
a iludir os corações
visitante das estrelas
hóspede celeste visões ancestrais
me torturam pois ao tê-las
quebra o encanto e torno ao mundo de meus pais
À minha origem planetária
enfrentar a mansão da morte do pranto e da dor
donzela fecha esta janela
e não me tentes mais.

Hoje eu passei a maior parte do dia conversando com Lai. Conversar com Lai é um exercício de prazer. Um aprendizado. A mulher é foda. È muita inteligência para uma pessoa só. De conversar tanto com ela, acabei lembrando de um cara que tem uma importância imensa na minha vida, só que não sabe disso. O cara ajudou a ser quem eu sou, a formar o meu caráter. Dentre tantas coisas boas que ele me proporcionou, foi ele quem me apresentou a Elomar. Precisava vir um cara de Brasília para me mostrar o que o baiano tem. Não falo apresentar fisicamente, mas à canção, o que, no caso de Elomar, é muito mais importante.

Lembro quando, em 1984, eu morava no pensionato de D. Celina no Rio Vermelho dividindo um quarto com meu irmão Luciano. Não me lembro porque motivo Luciano foi embora. Eu tremia de medo. Quem viria ocupar aquela vaga? Com qual estranho eu teria de dividir o meu quarto? Um dia, na hora do almoço quando eu cheguei da escola, D. Celina me falou que tinha alugado a vaga do quarto para um cara de Brasília. Segundo ela, gente boa, coroa e bancário. Não conheci e não gostei! Parafraseando Guimarães Rosa( como alguém me disse um dia mas não posso confirmar esta afirmação). Preconceito é foda! Como eu podia não gostar de alguém que sequer conhecia? Só por julgar que ele estava invadindo o meu espaço? Ainda por cima com o nome de Lima. Fazia-me lembrar das limadas que minha mãe me dava quando eu tava doente. Só faltava vomitar. Lima entrou na minha vida como se fosse remédio, que você só toma porque não tem jeito. Não sabia eu ainda, teria de engolir tudo que pensei e ainda bem que não falei.

Naquele dia, o da notícia do novo hóspede, já encontrei as coisas dele no meu quarto, ou melhor, no de D. Celina. Se fosse meu, Lima não estaria lá. Ainda bem que era dela. Mas, como ele tava trabalhando, não o conheci de imediato. Fiquei imaginando a cara dele. Só via uma coisa muito feia. Ainda não sabia que era linda. À noite, como costumava fazer sempre depois da janta, fui pra janela do quarto pitar um cigarrinho. Defronte do prédio tinha uma barraquinha. Dessas que parecem banca de revista, mas, na verdade, é um bar. Tinha um coroa de cabelo relativamente comprido, encostado no balcão tomando uma cerveja. Não sei porque motivo mas aquela pessoa me chamou à atenção. Na mesma hora pensei: bem que meu novo colega de quarto poderia ser como aquele cara. Um sujeito que chega do trabalho, ao fim do dia, e passa na barraquinha pra tomar uma. Sangue bom esse cara. Foi simpatia instantânea. Só não falo amor à primeira vista porque seria muita viadagem e, nem eu nem Lima, somos chegados a tal. Mas fiquei com inveja por aquele não ser o meu colega de quarto. Eu não sabia, mas era ele. Ainda bem!

Lima passou por minha vida como um meteoro. Rápido demais, mas deixou marcas que uma existência inteira não pode apagar. Uma delas foi Elomar. Hoje, conversando com Lai, me acabei de chorar ouvindo “Seresta Sertaneza”, música que conheci muitos anos depois de Lima e cantada por um mineiro, Saulo Laranjeira, no disco Minas de Lua de 1985, mas que só conheci na década de 90. Tinha de ser mineiro! Lembro como se fosse hoje do dia que Lima me falou de Elomar. Falou como se falasse de alguém que eu conhecesse muito. Eu até já tinha visto o cara no MPB 80. Aquele festival da Globo. Lembram? Cantando “O Peão na Amarração”. Não entendi nada e não gostei. Como é que um menino de onze anos pode gostar de “O Peão na Amarração”? “...É a ceguera de dexá, Um dia de ser pião. De nun comprá nem vendê,. Robá isso tomém não De num sê mais impregado I tomém num sê patrão ...”. Como diria Juvenal, ou melhor Billy, ou melhor ainda, o Nego Preto, vá matar o cão! “O Peão na Amarração” é tudo de bom assim como Lima.

Sinto uma saudade danada deste cara. Gostaria muito de reencontrá-lo. Agora, botando fé nesta rede maluca e poderosa, quero crer que ele leia este texto e me mande um e-mail, me dê um alô. Obrigado Lima por ter invadido o meu espaço e me apresentado a Elomar. Você é foda! É dez!

P.S. Hoje eu disse a Lai: “no dia que eu escrever algo como “Seresta Sertaneza”, posso morrer em paz!

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

TUBAÍNA E BOLACHÃO

Quando eu era criança costumava comprar no armazém de seu Zé uma garrafa de Tubaína para tomar comendo bolachões. Do caralho! Pra quem não sabe, Tubaína era um refrigerante de décima categoria que tinha duas grandes vantagens. O tamanho e o preço. Era vendido numa garrafa igual à de cerveja de 600ml e custava o que hoje seria o equivalente a menos de um real. Eu adorava Tubaína, principalmente a de tuti-fruti. Mas, o tempo passa e não perdoa ninguém. Hoje, boto a culpa nos bolachões e tubaínas para justificar minha barriga indecente formada pela prática de muito esporte: palitinho e levantamento de copo.

Quando olho pra minha barriga, sinto um remorso danado. Tive tudo pra levar uma vida certinha, ser um esportista, magro, bonito e um grande funcionário público ou mesmo um bom professor. Bom estudo pelo esforço dos meus pais, boa orientação e todas as oportunidades que poucos na vida têm a sorte de ter. Joguei todas pela janela. Escolhi o pior caminho. O do sedentarismo, de fumar mais de um maço de cigarros por dia, de comer os pratos mais calóricos, tomar todas e por aí vai. Por causa disso, ganhei uma apnéia moderada. Chega a ser chique o nome da doença. APNÉIA MODERADA! Faz a gente roncar e dormir muito mal. Fora o risco de morrer sem respirar durante o sono.

Por que será que a maior parte dos seres humanos escolhe os caminhos errados para seguirem nas suas vidas? Por que comigo não foi diferente? Em vez de perder tempo fazendo essas perguntas absurdas eu deveria dar um basta em tudo isto e começar do zero. Nunca é tarde para mudar. Poderia começar hoje, mas hoje tem jogo do Bahia na Fonte Nova valendo o primeiro lugar no octogonal final da série C e não dá pra fazer uma mudança tão drástica num dia assim. Deixemos então para amanhã. Amanhã porém é sexta-feira e não dá pra começar um regime e parar de fumar na boca de um fim de semana. Pensando bem, uma data boa para esse tipo de reviravolta é na cabeça do ano novo. Ano que vem deixo de fumar, no ano novo vou caminhar na orla, vou fazer um concurso público. Vou consertar a minha vida. Alguém duvida?

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

DESEJO

Lua, linda gostosa.
A vida te fez pra mim.
És um mantra para os meus ouvidos,
Rima pão com marfim.
Cada pedaço do seu corpo
Inspira a minha canção.
Ah! Como te quero...

terça-feira, 20 de novembro de 2007

A PRIMEIRA VEZ

Eu tinha uns 14 anos de idade quando aconteceu. Dizem que a primeira vez a gente nunca esquece, mas comigo foi diferente. Até ontem, enquanto eu lia os textos quase eróticos de Paulo Bono, o dia que perdi a minha virgindade estava apagado na minha memória. A segunda vez não, esta ficou gravada nos meus mais íntimos escaninhos, a primeira, no entanto, só veio à tona ontem, 24 anos depois.

Foi com a Magali, vamos chamá-la assim. Ela era irmã de uma quase vizinha em Santo Amaro da Purificação e, como era desempregada e despreparada, fazia as vezes de secretária doméstica na casa da irmã. Seus sobrinhos eram meus amigos de bola de gude, de jogos de botão, tênis de mesa, babas no campo do Círculo Operário, das viagens proibidas para o banho poluído e fedorento na Pitinga, aos fundos da fábrica de papel que jogava todos os seus detritos naquelas águas e tantas outras travessuras infantis. Bons tempos aqueles. Não tínhamos vídeo game, mas tínhamos bicicleta. Não tínhamos computadores, mas tínhamos os amigos e a Pitinga. Lá por sinal, sempre havia o concurso da maior pica, dos pentelhos mais crescidos e as histórias das experiências sexuais de cada um. Um querendo contar mais vantagens que o outro. Eu, donzelo que era, sempre procurava ficar à parte destas conversas. Quando não havia jeito, inventava mentiras que não convenciam a ninguém, principalmente a mim mesmo. Bons tempos aqueles! “Eu era feliz e não sabia”. Donzelo mas feliz.

Magali, embora fosse uma baranga de primeira, exercia sobre mim um poder de sedução fascinante. Deixava-me excitado toda vez que a encontrava. Eu, com meus hormônios aflorando mais intensamente a cada dia, ficava alterado sempre que estava perto dela. O pior é que a moça, não tão moça assim, já que devia beirar os quarenta anos, parecia ter um fetiche pedófilo e provocava mais ainda o menino a cada dia, que não agüentava mais masturbar-se no banheiro da casa da irmã dela ou da sua própria. Era foda!

Ela foi me envolvendo num jogo de sedução digno das histórias de Nelson Rodrigues. Uma vez, eu estava no quarto conversando com um de seus sobrinhos quando ela entrou e disse a ele que sua mãe o chamava. Meu amigo prontamente atendeu. Ela prontamente sentou ao meu lado e começou a acariciar meu pênis por cima do short. Quando o minúsculo aumentou de tamanho, tornou-se pequeno então, ela num gesto rápido, puxou para fora pela lateral da cueca e começou a masturbá-lo de uma forma sensacional. Eu quase fui à loucura. Foi aí que sua irmã entrou no quarto e ela num gesto muito mais rápido que o primeiro, tirou a mão dali e disfarçou como se nada tivesse acontecido. Eu queria um buraco para enfiar a cara, mas acho, ou melhor, tenho certeza, que D. Filomena, a irmã de Magali, nada percebeu. Era uma senhora ingênua e desligada.

Tantas outras situações como esta se repetiram depois. Eu comecei a freqüentar aquela casa quase todo dia, na esperança que Magali me brindasse com gestos obscenos, como da vez em que levantou a saia na minha frente, enfiou o dedo na vagina e depois lambeu. Quase um orgasmo infantil. Outra vez ela botou minhas mãos por cima dos seus seios grandes e moles. Aí não foi tão bom assim. A ereção, porém, foi inevitável.

Um dia, meus pais haviam viajado para visitar minha irmã no final de semana em outra cidade e me deixaram sozinhos em casa. Embora eu fosse um garoto de apenas 14 anos, isto não era incomum. Eles confiavam em mim. Aí eu pensei: - esta é minha oportunidade. É hoje! Saí de casa correndo e ofegante até vencer os dois pequenos quarteirões que separavam Magali da minha primeira trepada. Embora Magali me instigasse de todas as formas, nunca dantes havia tomado a iniciativa de nada. Me borrava de medo. Enquanto corria pensava, hoje tenho que tomar coragem e chamá-la pra minha casa. Preciso completar o serviço e me tornar um homem de uma vez. Ao chegar, respirei fundo e entrei procurando manter a calma. -D. Filomena! Cadê os meninos? –Foram jogar bola meu filho! Porra, só faltava esta! Tinha de encontrar um pretexto pra ir lá dentro ver Magali e dar um jeito de falar com ela. –Vou entrando pra beber uma água! D. Filó, sentada na máquina de costura apenas mandou que pedisse a Magali na cozinha. Era tudo que eu esperava. Magali estava na pia lavando pratos e eu, tomado por uma coragem que não sabia possuir, rocei nela por trás já completamente alterado e fiz o convite: -Meus pais viajaram, estou sozinho em casa. Quando acabar o serviço vai lá pra gente namorar um pouquinho. Ela se virou, botou meu pau pra fora e caiu de boca como quem devora um picolé sem morder, apenas chupando. Fez isto por alguns segundos, parou, me recompôs, levantou e falou: -Você acha que tenho idade pra trepar com menino? Se enxerga! Filha da puta de uma figa!

Voltei pra casa desolado, querendo matar aquela cachorra. Não tinha outro jeito porém. Coloquei um vinil na vitrola com o som nas alturas. “A Página do Relâmpago Elétrico” de Beto Guedes. Fui pro banheiro e bati a que até então, tinha sido a melhor punheta da minha vida, e olha que tinham sido muitas. De sacanagem, não pensei em Magali. Fantasiei Gretchen, que àquela época era a rainha do bumbum, e que bumbum!, e a musa erótica de toda a minha geração, fazendo comigo as sacanagens que Magali fazia. Gozei alucinadamente e depois de tomar um bom banho relaxei no sofá da sala ao som de Lumiar. “Anda, vem jantar, vem comer, farrear até chegar lumiar....” Viajando intensamente na música adormeci. Não sei por quanto tempo fiquei em sono profundo, mas deve ter sido um bocado. Acordei com a campanhia tocando insistentemente. Era Magali. Visivelmente bêbada, mas não a ponto de não poder me fazer homem naquela tarde de sábado. Pra falar a verdade, foi uma merda. Não sei se porque estava puto, se porque ela era um baranga, só sei que preferi mil vezes a Gretchen. E, por causa disso, até ontem apaguei da memória a minha primeira vez! Boa mesmo foi a segunda com Madalena, mas esta é uma outra história....

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

VAMOS ESPALITAR DENTE!

Por causa de um comentário no texto "Vumbora Baêêêâaa!!!", descobri o Bora Bahêêêa Minha PORRA. Por causa do Bahêa Minha Porra, descobri o Espalitando Dente que é um blog de um cara muito talentoso, Paulo Bono. Ele é um sacana que escreve bem pra caralho e diz que seu texto é uma merda. Coisas de intelectuais. Ainda por cima é Flamenguista. Mas como ele mesmo diz, nem todo feirense é desonesto, logo nem todo Flamenguista é um chato. Pra este eu tiro o chapéu.

Ele fala em um dos seus textos que alguns blogs lhe fazem rir, outros são como um tapa na sua cara (acho que o meu será assim pra ele) e outros lhe dão inveja. O blog dele me deu uma inveja da porra. Pelo texto delicioso e escrachado que não me deixou sair da frente do micro até terminar de ler a última postagem das que aparecem no primeiro acesso. Só não fui mais adiante porque após um final de semana prolongado, de muita cerveja, churrasco, moquecas e piscina na praia de Itacimirim, o corpo já não respondia aos estímulos da mente. Tudo bem, já pus o seu link nos meus favoritos e de agora pra frente serei um assíduo leitor das suas histórias bacanas. Parabéns Paulo! É pela qualidade do seu blog que convoco os meus leitores a espalitarem os dentes sempre. Por mais que os professores de etiqueta de plantão falem que isto é feio e falta de educação. Como você diria, eles que vão se fuder!!!

A CESAR O QUE É DE CESAR!

Graças ao comentário do leitor Anizio Silva a quem muito agradeço pela atenção e cortesia, localizei a publicação da crônica do Sr Jurandir. Foi inicialmente publicada no blog Bora Bahêêêa Minha Porra, postada por Bruno Cartaxo. Este não deixa claro se é o seu autor mas está de parabéns, se não pela autoria, pela grata idéia de publicar esta história. Obrigado Anizio!

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

ONTEM

Ontem foi um dia especial. Foi aniversário de Júlia!

Juvenal me achou no orkut(e olha que eu jurava que este FDP não tinha a mínima intimidade com micros e net´s). Tudo bem que ele entra no perfil da esposa, mas o importante é que é ele. Trocamos até confidências amorosas...., atualizamos telefones e aproveitamos para matar a imensa saudade que nos separa.

Ontem teve festa pra Juju na escola. Festa esta que me valeu trabalhar até 1h da manhã, fazendo o bolo e o hot dog! Festa esta que me fez acordar às 5hs pra fazer a pipoca evitando assim que ela ficasse com gosto de dormida. Só pai mesmo! Mais do que isto, só uma mãe é capaz de fazer. Por falar em mãe, ontem eu briguei com Cynthia! Perdi as contas dos dias em que não brigava com ela! Mas ficou tudo bem!

Ontem eu chorei lembrando que Júlia vai embora pra Belém em fevereiro e eu só a poderei vê-la nas férias de meio e final de ano. Isto se tiver condições de pagar as passagens necessárias.

Ontem eu comi demais...

Ontem eu implorei para estar perto de Lílian, conhecer sua filha que por acaso também chama-se Júlia, ou talvez não tão por acaso assim, e conhecer o gaúcho que está fazendo a felicidade da minha amiga. E ele que não faça! Ah!!!

Ontem eu daria tudo para rever Liane, de quem me reaproximei a muito pouco tempo sem tê-la encontrado uma vez sequer.

Ontem eu faria de tudo para deitar no colo de seu Arcy e dizer que o amo.

Eu queria ser o super-homem, girando a terra para trás e ressuscitando todos os meus amores que se foram antes de mim.

Ontem foi foda! Eu mergulhei no íntimo do mais íntimo sentimento. Eu pensei que ía morrer.

Por que sentia tanta saudade e necessidade de abraçar a todas as pessoas que amo?

Achei que era o fim. Mas não foi. Graças a Deus! Ontem foi mais um começo, mais uma chance de superação, mais um jeito de ser feliz, enfim, mais um dia...Vamos nos entregar ao ontem para receber o verdadeiro amanhã!