quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

FOTOS DE VIAGEM - II

Com Júlia no Mangal das Garças

Torre do Mirante - Mangal das Garças

Caranguejada na casa de Paulo

Cynthia e Júlia no Mangal das Garças

Ana Paula, Paulo Hugo e João Vítor, primos de Júlia

Cerveja "mofada" no churrasco de Zé

Zé Filho no "cura ressaca"

Minha comadre Jane

Jade com os irmãos gêmeos Hugo e Igor

Cangaceiro no churrasco, tava apenas começando...

Colégio Pitágoras - Carajás

Colégio Pitágoras - Carajás

Vista da Av. Mãe Maria - Carajás

Arara Azul - Zoológico Carajás

Monumento na entrada de Carajás

Com minha afilhada Jade

Marquinhos, eu, Maurício e João em almoço na casa de Maurício

Filé à Parmegina, talharim ao alho e óleo, arroz e purê de batata. Cardápio que preparei no sábado, dia 23/02, na minha despedida na casa de Zé.

Com Aninha em Marabá

Com Cícero e sua filha Bruna em Marabá

Domingo, 24/02/08, 6hs da manhã, ainda se via a lua no aeroporto de Marabá momentos antes da minha volta pra Bahia.

DIÁRIO DE FÉRIAS - Canaã - O Churrasco

Encontrar Verena e Rose não foi tanta surpresa assim já que eu sabia que elas moravam lá e elas sabiam que eu iria visitar a cidade a qualquer momento, embora não tivessem a menor idéia de quando eu chegaria. Mas encontrá-las justamente no momento da minha chegada foi muita coincidência. Verena é baiana, irmã do meu cunhado Moisés, marido da minha irmã, e eu já a conhecia a muito. Rose é de lá e no São João passado veio com Verena pra Bahia onde a conheci e fizemos juntos muitas farras nascendo desta forma uma nova amizade. Inclusive falei aqui na Carta do Blog que tinha a intenção de visitá-las. Assim como a Aninha, irmã de Verena, e Cícero, o seu marido, com quem sempre me dei muito bem, e que já moram em Parauapebas a muitos anos. Reencontrar os amigos é sempre algo muito bom.

Chegamos em Canaã por volta das 3hs da madrugada mas a minha linda afilhada Jade esperava acordada pelo padrinho. O abraço apertado e emocionado que ela me deu muito me tocou e me deixou cheio de remorsos por ter sido tão ausente. Nestes anos todos nem um telefonema sequer. Só recentemente começamos a nos falar pelo MSN. Nunca é tarde para revermos nossas posturas e corrigí-las se preciso. Ela é uma menina muito carinhosa e não imaginava que gostasse tanto de mim assim. Por isso, jamais ficarei novamente tanto tempo sem dar notícias ou ligar para ela. Imediatamente tirei da mala uma blusa que levei para ela. Tinha receio que não gostasse, mas no dia seguinte, ou mais tarde, quando acordei já a encontrei vestida com o presente. Sinal que ela gostou.

Para homenagear a minha chegada, Zé Filho tinha programado um churrasco para o sábado, dia 16, por coincidência aniversário de minha mãe e de Verena, com os seus amigos. Alguns eu já conhecia embora nem imaginasse que iria encontrá-los por lá, outros conheceria naquela ocasião.

Um deles foi Marquinhos. Para falar dele é preciso voltar bastante no tempo. A última vez que o vi, ele devia ter uns dez anos de idade. Filho de um irmão do ex-marido da minha irmã, uma vez saí com o bugre do meu então cunhado para dar umas aulas de direção a ele e a Léo, o meu sobrinho. Primeiro foi Léo. Várias voltas nas tranquilas ruas de Serrinha. Quando foi a vez de Marquinhos, ele não andou nem 50m e a polícia parou o carro. Fomos todos nós parar no posto policial. Carro apreendido e eu tomando o maior pito dos canas por estar dando o carro a uma criança. Por sorte, alguém avisou meu cunhado, muito conhecido na cidade e, depois de umas conversinhas com os policiais, ele deu o velho "jeitinho brasileiro" e voltamos pra casa com carro e tudo. Hoje, uns dezesseis anos depois, estava eu ali, naquele longínquo rincão, tomando umas geladas com aquele moleque que vi sair dos cueiros. Outro que vi no berço também foi João. Irmão de Marquinhos, que não foi ao churrasco por estar viajando no dia, mas depois nos encontramos muitas vezes e tomamos muitas geladas. Hoje, os dois são dentistas e têm uma clínica lá em Canaã.

No churrasco conheci uma figura muito legal, Maurício. Apaixonado por culinária, nem precisa falar que me identifiquei de cara com ele. Pescador e caçador por paixão, é apreciador de pratos exóticos e me apresentou diversas iguarias maravilhosas. O cara me aparaceu com um tal molho de maçã que é de comer rezando.

O churrasco rolou o dia inteiro. Eu, que já não aguento mais o tranco, num determinado momento da festa, saí de fininho e fui pra dentro de casa dormir um pouco. Deitei de roupa e tudo. Bermuda, camisa e tava inclusive com a carteira no bolso. Quando deram minha falta, meu compadre logo desconfiou da minha fuga. Aí, se juntou com outros filhos da puta, me carregaram dormindo, com roupa e tudo e me puseram debaixo do chuveirão "cura ressaca", marca registrada em todas as casas que Zé Filho já teve. Todo molhado, o jeito foi acordar e começar tudo de novo até altas horas da madrugada.

NOVO PRESENTE!

Passei no "Uma Menina" para, além de me deliciar com os textos, compartilhar os selos que recebi da Fada. Qual não foi minha surpresa ao encontrar outro presente para mim. Obrigado Mary! São pessoas como você que nos dão motivos pra dedicar tanto tempo a tudo isto. Mesmo que muitos não entendam, mesmo que muitos não visitem, mesmo que muitos debochem, ainda existem pessoas como você. E, por estas, vale a pena continuar, Muito obrigado!

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

MAIS UM PRESENTE - Vamos Compartilhar



Minha querida Maluca Adorável, a Fada Mutante, me presenteou com os selos "Esse Blog é Show de Bola" e "Eu Tenho Um Blog de Elite". Muita bondade dela já que não me acho merecedor de nenhum deles, mas presente dado de coração é aceito de coração. "Cada presente de um amigo é um desejo por sua felicidade" já diz Richard Bach. Portanto, quero agora repassá-los para outras pessoas cujos blogs, acho eu, merecem muito mais do que o meu.

- Mary - Uma Menina
- Jacinta - Florescer
- Cackau Loureiro - Café Com Creme
- Paulo Bono - Espalitando Dente
- Maz - Let It Beer

Estes são blogs que não dispenso, cuja leitura já faz parte do meu dia a dia. Obrigado Fada. Mil beijos mágicos pra você!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

A VIDA VOLTA AO SEU CURSO NORMAL

Enfim amigos acabaram as minhas férias. Prematuramente é bem verdade, já que teria ainda mais uma semana, mas fui convocado, "por livre e espontânea pressão", a retomar as atividades profissionais hoje. À tarde, tudo volta ao normal.

Em primeiro lugar gostaria de agradecer as pessoas que visitaram e comentaram sobre as histórias, poemas e crônicas que mandei de lá. Quero também pedir desculpas aos meus blogueiros favoritos por não tê-los visitado uma vezinha sequer enquanto estive ausente. Foram poucas as vezes que tive acesso à internet enquanto estive fora e me limitei apenas a olhar os e-mails, publicar os comentários e enviar alguns posts.

Sei que os próximos dias ainda serão muito tumultuados. Devo encontrar muita coisa pra por em ordem no escritório e não terei muito tempo pra retomar à leitura dos blogs que costumo frequentar. Aos poucos no entanto, tudo irá se normalizando.

A viagem, apesar de toda a tristeza que já dividi com vocês, foi muito boa. Me deixou revigorado e pronto pra enfrentar a batalha que me espera. Uma coisa no entanto me deixou muito triste. Em Belém comprei um caderno e uma caneta onde escrevi muito. Todo o diário das férias, muitos poemas, algumas letras de música e uma crônica. Parte eu publiquei, outra parte se perdeu num avião da Gol em Brasília. Bem feito para eu aprender a ter mais cuidado e não esquecer coisas de tanta importância em qualquer lugar.

O diário das férias, irei reescrever, assim como já fiz com o 5º dia, e, aos poucos vou publicando os capítulos que faltam. O resto não era pra ser. Agora é tomar uma banho, fazer a barba, almoçar e voltar ao trabalho.

DIÁRIO DE FÉRIAS - Rumo ao Interior - 5º dia

Quando o ônibus da Açailândia, Belém-Canaã, com quarenta minutos de atraso, finalmente entrou em movimento deixando a rodoviária, sem querer me peguei fazendo uma retrospectiva da minha vida deste último ano desde quando Júlia foi morar comigo até àquele momento quando eu a estava deixando com a mãe em Belém. Muitas imagens vieram à cabeça e, embora eu fingisse ler o "Caçador de Pipas", não conseguia assimilar uma linha sequer daquelas páginas, eu chorei. Chorei muito, chorei até ficar cansado e adormeci para os únicos trinta minutos de sono daquela angustiante viagem de treze horas que me separavam de Parauapebas, não o meu destino final, mas a cidade onde eu desceria. Me sentia como aquele cara da música de Djavan: "...sabe lé, o que é morrer de sede em frente ao mar?..." Quando acordei fui buscar forças no fundo da minha alma para me confortar com as sábias palavras de Richard Bach: "Não fique triste nas despedidas. Uma despedida é necessária antes de vocês poderem se encontrar outra vez. E se encontrar de novo, depois de momentos ou de vidas, é certo para os que são amigos." Difícil no entanto, é por em prática tal sabedoria. Contudo, imaginei que aquele forte abraço de Júlia, momentos antes quando a deixei na escola e me despedi dela, não foi o último, mas apenas o primeiro dos muitos que ainda iremos trocar. Me reconfortei um pouco, mas uma tristeza aguda foi minha companheira naquela longa viagem .

O abraço da despedida. "Eu te amo Júlia, nunca esqueça disso. Em nenhum momento sequer, papai vai deixar de pensar em você. Em breve nos veremos novamente".

As horas se arrastavam naquele ônibus sacolejante e fiquei me amaldiçoando por ter economizado uns míseros reais e transformado uma viagem de cinquenta minutos em treze horas. Viva Santos Dumond que inventou o avião e vaia para mim que comprei passagem de ônibus.

Durante a viagem não me restou outra alternativa senão forçar a vista e me afundar na leitura para não ver o tempo passar. A belíssima história de "O Caçador de Pipas", no entanto muito triste, aliada ao meu estado fragilizado, por várias vezes fazia com que insistentes lágrimas salgassem a minha tez. Foi uma viagem iterminável. Quando a noite caiu, a luz de leitura com defeito, fez com que eu largasse o livro de lado e as horas demorassem mais ainda de passar. Quando de repente acontece o milagre. A meia-noite em ponto o maldito "buzu" pára na rodoviária de Parauapebas. E, é óbvio, meu compadre Zé Filho não estava lá me aguardando. Previsível demais. Conhecendo meu amigo, compadre e irmão José Filho desde fevereiro de 1976, não podia esperar nenhuma pontualidade por parte dele. Nem tudo estava perdido. Em frente à estação, um barzinho que me pareceu interessante. Atravessei a rua e sentei no bar. Não acreditei quando na mesa ao lado avistei minha amiga Rose. Foi uma festa danada. Em outra mesa estava Verena, com o seu namorido Vicente que até então eu não conhecia, apenas de fotos e nome. Logo em seguida Zé Filho chegou e com eles tomei o primeiro dos muitos copos de cerveja que ainda tomaria no interior do Pará.

Vicente, Verena, eu e Rose no Bar Sportv em frente a Rodoviária de Parauapebas no exato momento da minha chegada.

FOTOS DE VIAGEM - I

Júlia na despedida de Salvador - Ao fundo o Elevador Lacerda


Ainda na despedida com o Olodum no Pelourinho


Já em Belém-Pa no Parque da Residência


Com Cynthia no Parque da Residência


Com a estátua do Poeta Ruy Barata no Parque da Residência


Plantas no Parque da Residência


Com Júlia no interior da Estação das Docas


Pôr do sol visto da Estação das Docas


Baía de Guajará - Vista da Estação das Docas


Com Júlia na área externa da Estação das Docas


Área externa da Estação das Docas


Palco móvel no interior da Estação das Docas


A casa das Onze Janelas


Com Júlia no Forte do Castelo - Ao fundo o Ver o Peso


Forte do Castelo


Uma visitante imponente, a Garsa.


Ainda no Forte do Castelo


Mercado do Ver o Peso visto do Forte do Castelo


Júlia no Mangal das Garças



Cynthia e Júlia no Mangal das Garças - Ao fundo o Restaurante Manjar das Garças


No peer do Mangal das Garças


Torre do Mirante - Mangal das garças

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

DIÁRIO DE FÉRIAS - Belém - 4º dia

Melhor seria dentro do carro

Esse dia para mim começou com muita emoção. Às 5hs já estava de pé e arrumado. Com uma ansiedade louca. Parecia que era meu o primeiro dia de aula. Na verdade era a "ficha caindo". O ato de deixar Júlia no colégio seria a confirmação final que ela ficaria morando em Belém. Peguei ela em casa e, junto com sua mãe, fomos levá-la ao seu primeiro dia de atividades escolares. Com mais de uma semana de atraso. Nunca vou esquecer esta imagem. Ela estava linda com seu novo uniforme e com uma carinha muito boa. Parecia estar gostando de tudo. Fiquei feliz por ela, mas aquele fio de tristeza, insistia em tecer sua teia no meu coração.

Depois que Júlia atrvessou o portão, Cynthia me levou para conhecer um pouco mais de Belém. Tenho que confessar: gostei muito do que vi. Como toda grande cidade, ela tem seus problemas. Poderia estar um pouco mais limpa e melhor cuidada. Seu trânsito e meio louco embora quase não tenha visto engarrafamentos por lá. O problema está na forma que o belenense dirige. Direção ofensiva, onde se aplica a todo instatnte a famosa "lei de Gerson". Isto inclusive me fez lembrar de Salvador, até já escrevi aqui sobre como o baiano se comporta na direção.

Fomos visitar alguns pontos turísticos. O primeiro foi o "Parque da Residência". A antiga residência oficional dos governadores do estado, foi restaurada e transformada num parque belíssimo com uma enorme área verde, vastamente arborizado e um orquidário encantador. Lá dentro, em função da abundância de verde, o forte calor da cidade se amezida. Na casa, hoje funciona um pequeno museu e um teatro. Fiquei encantado com o Cadilac autêntico que outrora era utilizado pelos governadores apenas duas vezes no ano, 05 e 07 de setembro ou então, em dias de desfiles oficiais com visitantes ilustres, o que era muito raro. Quando foram reformar as ruínas da casa, encontraram a raridade coberrta na garagem, com a lataria podre e o interior comido por traças e cupins. Mandaram então reformar numa empresa especializada que utilizou materiais originais e o resultado ficou perfeito. Lindo! Pena que não pude entrar nele para fazer uma foto, mas valeu o registro ao seu lado.
Outra coisa que me encantou em Belém, é a grande quantidade de praças, sempre muito arborizadas, bem cuidadas e muito bonitas. A árvore predominante na cidade me parece ser a mangueira.

Já a tarde, agora na companhia de Júlia, fomos visitar o "Forte do Castelo". De lá tem-se uma vista magnífica do mercado do "Ver o Peso" e da "Baía de Guajará". Fiquei encantado quando uma garsa passou serenamente bem ao meu lado e depois alçou vôo ignorando o meu deslumbramento. Lá no forte tem um museu fantástico. Não se pode deixar de visitá-lo. Uma aula de história sobre a fundação da cidade, seu povo e sua cultura. Das civilações indigênas que lá viviam antes da colonização. Não tem como descrever este lugar. A beleza dos objetos encontrados nas escavações feitas ali, dos quadros que passo a passo vão contando a história do local. Só posso dizer uma coisa: vá lá, não deixe de ir.

Depois, pra descontrair um pouco, fomos tomar um chopinho na "Casa das Onze Janelas" ( que eu insisti o tempo todo de chamar de Casa das Sete Mulheres) localizada bem em frente ao forte. A paisagem que se oferece é de tirar o fôlego.

Para encerrar o dia, demos uma longa caminhada com destino ao "Mangal das Garças". Sem dúvida o lugar mais bonito que conheci em Belém. Um belo parque encravado no meio de um imenso manguezal com uma vegetação belíssima. Lá também as garças dão o seu show à parte bem como a vista para a baía da Guajará mais uma vez se mostra deslumbrante. Existe ali um restaurante muito bonito chamado "Manjar das Garças". Àquela hora só estava funcionando como bar. Em sua varanda, saboreando mais um chopinho gelado, escrevi o acróstico Belém.

No Mangal, tem uma torre muito alta que, segundo dizem tem a vista mais bonita da cidade. Foi aí que fiquei puto com Cynthia. Ela queria subir mas disse que não tinha elevador. Quando olhei a quantidade de escadas não tive coragem de subir. Minhas pernas já estavam latejando de tanto andar naqueles últimos dias e, ainda por cima, meu pulmão de fumante não ficou nada animado com a idéia de subir tantos degraus. Resolvi deixar a torre para uma próxima visita. Depois, conversando com D. Maria Helena, avó de Júlia, descobri que existe elevador sim. Guia turística de meia tijela essa Cynthia.

Depois desses dias andando demais pelas ruas e parques daquela bela cidade descobri um fato de fundamental importância: nunca vá a Belém sem levar um guarda-chuva.

A raridade. Que lindo!